Desde que nasceu já vivia num imenso confinamento.
Sempre alguém o segurando, o prendendo, não o deixavam sair.
Regras foram impostas e deveriam ser respeitadas.
O que ele queria, já não mais importava, afinal, nunca importou.
Só deveria respeitar, apenas isso. Foi o que aprendeu ao longo dos anos.
Seus sentimentos e pensamentos também não tinham valor algum.
O tempo foi passando e ele crescendo, vivendo preso, numa gaiola.
As vezes saia dali, mas a maior parte do tempo era mesmo preso que ele ficava.
Cansado do que lhe acontecia, foi mudando.
Começou a ser visto como estranho e rebelde pelo resto do bando.
Suas atitudes eram vistas como erradas, ninguém concordava.
Por pensar diferente,a solidão tomou conta daquele ser. E foi abandonado pelos demais.
Ele realmente não se importava, não queria ser apenas mais um na multidão alienada.
Rebelou-se, e voou, assim libertando-se.
Voa! – eu digo – Voa!
Voa porque tu és livre, Pássaro Errante.
— Karine Melo
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